domingo, 6 de outubro de 2019

A busca da restauração do culto da igreja primitiva

                              Esboço: Nº XXXII - Escrito e editado em 06-10-2019
Prefacio: Malaquias 3:18. Diante do modernismo desenfreado que adentrou nas denominações que se intitulam igrejas do Senhor Jesus; eu pergunto: " Qual tem sido a diferença musical " Quando nossos cultos que deveria ser de adoração ao Senhor, mais parece um teatro que serve para destacar e promover as vozes lindas e as letras maravilhosas juntos aos instrumentistas famosos e suas habilidades musicais.  Eu fico pensando em quem aplaudimos no intervalo de cada apresentação ?! Ao Senhor ou ao homem ?! Não temos este controle, pois é muito sutil e quase que imperceptível.   A igreja que se diz do Senhor Jesus está pobre no dom de discernimento em relação ao culto de adoração ao verdadeiro Deus e a seu Filho Jesus Cristo.
    1ª Divisão: Mateus 15:8-9; Isaías 29:13; Marcos 7:6-8. A adoração não está restrita às regras e ritmos, métodos impostos pelo homem. Esta deve ser espontânea ainda que num conjunto, mas sem uma receita que segue padrões meramente humano, nunca, pois não agrada a Deus. 
a) Romanos 12:1-3. O culto deve ser ( LOGIKEN-LATREIAN) Racional e sem a intromissão de métodos e ritmos que vem de um mundo preso pelo pecado.
  Deve ser racional. Supra-sensual e nada mais. Porquê deve ser assim ?
b) 1ª Timóteo 6:20-21. O GNOSTICISMO de dois mil anos atrás, está moderno e infiltrado em nossos cultos que promovem o emotivo e a positividade ao invés de promoverem a fé e como Paulo afirma a mais de dois mil anos atrás: " Se desviaram da fé com os método emotivos e positivista, assim como: " Vai dar tudo certo" Deus quer assim " Mas nunca se Deus quiser Ele é Deus e se não quiser continua sendo Deus. Esta é a falsamente chamada ciência em um de seus braços poderosos.
c) 2ª Pedro 2:1-3. O que ocorre é que ensinam que a Bíblia não diz nada a respeito da questão do culto como padrão no novo testamento.
 Seguem o que pensam e acham que é melhor e com isto temos, carnaval gospel, e tudo que é da cultura mundana, trazem como uso à igreja em seu culto de adoração a Deus, pois visam agradar a maioria e a explorar com suaves palavras que não têm amparo legal nas sagradas letras.
     2ª Divisão:2ª Timóteo 4:1-4. Aqui está um dos porquês do (LOGIKEN-LATREIAN) Devem ser censurados pela palavra de Deus, pois não suportam e  se cercam de mestres segundo seus próprios interesses e se desviam da verdade trocando-a pelas fábulas.
a) Isaías 42:8. Definitivamente, hoje em dia, a glória de Deus está sendo roubada nos cultos que seriam de adoração e louvor a Ele, pelo destaque e promoções de seus líderes religiosos. Este é um tipo de PSEUDO-GNÒCIO(Falso-saber). Os cultos de hoje em dia são iguais DENOREX;
tem cheiro mas não é, tem cara mas não é. Imitam muito bem o culto ao nosso Criador.
b) 2ª Corintios 3:17. Se amparam neste versículo para apoiarem seus métodos de culto nas denominações que se intitulam igreja do Senhor Jesus, mas;
b) 1ª Corintios 14:33. Deus não é Deus de confusão e por misericórdia não tem destruído, assim como fez com os dois filhos de Arão, o Sacerdote.  Há fogo estranho no altar e Deus vai cobrar !
c) Judas 1:4. Temos a liberdade cristã, mas devemos tomar o devido cuidado para não transformá-la em libertinagem.
    3ª Divisão: Colossenses 3:16. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração
  Esta verdade da adoração é um ato interior que so pode ser visto por Deus(Em vossos corações)
Hinos e cânticos espirituais ( Hb 13.15) É tudo muito pessoal, particular e de dentro para fora, sem fantasias e sensacionalismo.  O instrumento, neste caso é o Senhor Jesus. Por meio dEle ofereçamos a Deus sacrifício de louvor.                                                                                                a) Efésios 5:19-21. Para o verdadeiro louvor e adoração tem de ser com o instrumento que é Jesus no coração.                                                                                                                                  b) João 4:23-24. O lugar aqui não tem espaço no tempo e foge à capacidade de percepção humana, quando somos o templo do Espírito Santo; 1ª Corintios 3:16-17.                                            c) 1ª Corintios 14:26. A forma aqui neste caso do culto não segue uma receita humana, quando tudo deve ser espontâneo e mútuo, sem formalidades para representar a multiforme sabedoria de Deus assim como descrito em;                                                                                                                  4ª Divisão: Efésios 3:10. A manifestação de louvor e adoração por meio da igreja do Senhor Jesus é um ato de confirmação da vitória de Jesus ao mundo espiritual tenebroso e é diversificado sem uma receita humana, não restrita a um grupinho de louvor auto intitulado LEVITAS.Mas aos crentes em seu nome.                                                                                                                         a) Atos 17:11. Qualquer ensinamento relativo à igreja do Senhor Jesus que não tenha respaldo bíblico, por mais bom que seja, não deve ser aceito pelos crentes em Jesus Cristo.                           b)  Salmos 100:1-5.Tudo deve ser espontâneo e sem a imposição do homem. Sem formalidades, sem receita repetitiva do dia-a-dia.                                                                                                     c) Salmos 47:1. Aqui a igreja ainda não existia como corpo que são os gentios na terra e este louvor não é aclamado no templo, pois é universal. No templo, na Sinagoga não tem barulho.                  5ª Divisão: Salmos 98:8; Isaías 55:12 Neste caso até a natureza é convidada a louvar ao Senhor.                                                                                                                                              a) Salmos 150:1-6. O convite ao louvor espontâneo, não formal, e sem regras a louvar ao Senhor.    b) Mateus 21:12-17. A partir desta mensagem de Jesus em relação ao templo de Deus, como deveria ser o desenvolvimento do culto ao Senhor?                                                                          c) 1ª Corintios 3:16-17. Se somos o templo de Deus, então o culto além de mútuo, é de forma   interior, de dentro para fora e o instrumento é Jesus(Hebreus 13:15).                                                       6ª Divisão: 1ª João 1:5-7. A união no culto não faz com que estejamos em comunhão nem com Deus e nem com os irmãos, caso não estejamos louvando a Deus em nosso ser as vinte e quatro horas da nossa vida. Nossa adoração será em vão neste caso.                                                  a) Atos 5:42. Quando o culto no templo acaba, continua em nossa vida secular.                                b) 1ª Timóteo 3:4-5.Na verdade, a igreja é uma extensão do lár e inclusive o culto.                        c) 1ª Corintios 16:19. A igreja, bem como todo seu ritual, começa em casa.                                               7ª Divisão: Atos 20:7-8. Há um templo enorme onde se reúne num dia que não seja em casa para ler a palavra e adorar ao Senhor.                                                                                               a) Efésios 4:30-31. Estas atitudes no culto, entristece  ao Espírito Santo de Deus.                             b) Hebreus 12:28-29.É preciso ter reverência e respeito na hora de prestar serviço de louvor a Deus.                                                                                                                                                   c) 1ª Corintios 14:40. Fugir a este princípio ético da Bíblia Sagrada, faz com que o culto seja um encontro qualquer e vira um teatro, mas não louvor a Deus.                                                                      
                                                            Conclusão:
           8ª Divisão: Ezequiel 8:18. Esta é a ética bíblica que põe ordem no culto.  Deus não é surdo.   a) Romanos 15:5-6. Ninguém pode sugerir, pois a uma só voz deve ser espontâneo.  Sem gritaria !
      

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A liturgia ligada à adoração está voltada para o ensino.


                       


Mateus 15
…8‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 9Em vão me adoram; pois ensinam doutrinas que não passam de regras criadas por homens’”.
Referência Cruzada
Isaías 29:13
Eis que assim declara o Eterno: “Visto que este povo se chega junto a mim apenas com palavras sem atitude, e me honra somente com mover dos lábios, enquanto seu coração está muito distante da minha pessoa. E a adoração que me prestam é constituída tão somente de regras e doutrinas criadas por homens,
Marcos 7:7
Em vão me adoram; as doutrinas que ensinam não passam de ordenanças humanas’.
                                                         Romanos 12:1-3
E não vos conformeis com este século
Και δεν συμμορφώνονται με αυτόν τον αιώνα
Kai den symmorfónontai me aftón ton aióna

   2 Pedro 2:1-3
    E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

2 Timóteo 4:1-4

1 Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
                                           
Lembremo-nos que adoramos a Deus conforme o que Ele requer e, Ele não requer que o façamos através de palmas, a não ser no louvor da natureza, dos rios, do farfalhar das árvores, do uivar e grunhir dos animais, do pipilar das aves, das palmas e até mesmo da dança. Mas no templo o louvor é racional, supra-sensual. O culto é logiken latria.  Nesta autocrítica,  como responsável diante de Deus pela condução litúrgica, não se proporá e nem permitirá que no campo da da igreja (reunião) se use palmas no culto solene prestado em celebração a Deus, para aplaudir feitos humanos, ou mesmo, como expressão de culto ao Senhor. De fato, nenhuma coisa, nem outra é própria à solenidade do culto que prestamos ao nosso Deus e Senhor.
      Além do culto dever ser Logiken Latreian, deve se tomar o devido cuidado de não seguir padrões mundanos.

                                          OBS:.
Não temos o controle para sabermos a quem estamos aplaudindo no culto depois de uma pregação,ou de um hino; ou de uma música cantada, se a Deus ou ao homem. E corremos o sério risco de estar dando a glória que é de Deus a outrem qualquer que seja no culto( Isaías 42:8 ) nos adverte para este perigo quase que imperceptível.
   É verdade que onde está o Espírito do Senhor há liberdade( 2ª Corintios 3:17), entretanto, 1ª Corintios 14:33 nos alerta para não cometermos confusão no culto ao Senhor, pois (Judas 1:4) nos alerta para não transformarmos a liberdade cristã em libertinagem,
A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.
  Esta verdade da adoração é um ato interior que so pode ser visto por Deus(Em vossos corações)
Hinos e cânticos espirituais (Cl 3.16; Hb 13.15) É tudo muito pessoal, particular e de dentro para fora, sem fantasias e sensacionalismo. 
A música pode, às vezes, nos comover pela beleza da melodia, mas esse sentimento, por si só, não é adoração. A música deve ter verdades bíblicas contidas em suas linhas para que seja um recurso legítimo e fomente a verdadeira adoração. 

Efésios 5:19-21
Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;
Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo;
Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

Parece que a instrução de adoração aplicada aqui pelo pai das cartas doutrinárias da Igreja do Senhor Jesus é meta-físico(Transcende à natureza física das coisas )

                                                                           OBS:.
Nossos cultos mais parece um teatro, coisa esta que não havia no tabernáculo, com gestos sensuais gesticulantes do corpo, sem amparo legal nas instruções Paulina nem da igreja primitiva, enquanto que Jesus afirma que os verdadeiros adoradores adoram em espírito e em verdade(João 4:23-24)
Não significa neste caso, gestos do corpo, mas de atitudes que agradam a Deus na vida diária.

                                                                      Eu me pergunto:
Será que estamos realmente louvando ou adorando e prestando culto ao Senhor, Com este modernismo desenfreado ?
                                                                               Conclusão:
1ª Corintios 14:26.   A expressão; " uns têm e outros têm" Desconstrói a ideia de grupos formados nas denominações que se intitulam igreja do Senhor Jesus. Deixando escapar  a mutualidade da unidade do corpo no momento da liturgia do culto ao Senhor.
Efésios 3:10. A sabedoria de Deus revelada no culto da igreja do Senhor Jesus é multiforme  e não uniforme, restrita a um grupo privilegiado. 
                                                                                    Confira:
Atos 17:11. Confira se tem respaldo bíblico os ensinamentos até hoje, depois do advento Neo-pentecostal em relação ao culto a Deus e tire suas próprias conclusões.
                                     Não siga ideias siga os princípios da regra geral de fé e prática.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

1ª Corintios 14:26 " O resgate do culto primitivo

O culto no Novo Testamento

O culto no Novo Testamento

Texto Básico: Atos 2.42-47
Texto Devocional: Salmo 100.1-5
Versículo-chave: Colossenses 3.16
“Habite ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutualmente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.”
Alvo da Lição: O aluno avaliará a prática de culto contemporâneo a luz dos princípios do culto no Novo Testamento.
Leia a Bíblia diariamente
S – Mt 5.23-26
T – Ef 5.19-21
Q – Hb 10.24,25
Q – Mt 21.12-27
S – Jo 4.19-26
S – Is 1.11-15
D – 1Co 14.20-25
Não há limites no que se refere a quão longe algumas igrejas avançarão no propósito de se tornarem relevantes e modernas em seus cultos. Qual a verdadeira adoração? Quais os elementos do culto neo-testamentário? Culto é uma questão de forma ou de essência?
A verdadeira adoração sugerida na frase de Jesus à mulher samaritana ( Jo 4.23) envolve tanto o intelecto quanto as emoções e salienta sua centralidade em Deus, não no adorador. Cada aspecto do culto tem de ser agradável a Deus e estar em harmonia com a Sua Palavra. Embora o critério adequado para avaliação do culto seja esse, o culto pode também ser agradável ao adorador.
O que o Novo Testamento tem a nos ensinar?
Assim como no Antigo Testamento, a igreja primitiva continuou olhando para a adoração como uma atividade diária e constante. Atos 2.46 e 47 ensina que culto acontece a todo momento e em todos os lugares, no templo e de casa em casa.
No Novo Testamento encontramos as três dimensões do culto: pessoal, familiar e público. Não é um episódio apenas. Ao terminar a liturgia do templo, deve começar a liturgia da vida.

I. O culto pessoal

Culto não é ritual, melodia, formas, estética, beleza, palavras, cânticos, dogmas, símbolos, ofertas ou qualquer outro detalhe que lhe possamos atribuir. Culto, antes de tudo, é vida em ação. Culto é um ato de resposta à ação bondosa de Deus, que nos chamou com finalidade bem clara: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). Por isto, aquele que se relaciona com Deus deve lembrar que o culto a Deus é o fruto natural (no sentido de normal) da comunhão com Jesus Cristo.
A compreensão do cristão, que cultua a Deus e pratica serviços religiosos, deve estar indissoluvelmente ligada à manutenção de cuidados com os mais necessitados. Isto faz da vida daqueles que servem a Deus expressão e reflexo daquilo que é apregoado e vivenciado pelo cultuante. O cultuante deve fazer para os outros o que crê que Deus faz consigo. Essa é uma afirmação importante de verdadeiro cristianismo, que acaba atribuindo expressão e sinceridade para as ofertas e demais atos de dedicação. Os atos cúlticos são expressões de gratidão por tudo o que Deus proporciona, manifestações de arrependimento pelos atos pecaminosos cometidos, expressões de fé e fidelidade, além de testemunhos eloquentes da busca da vontade de Deus. Isto é gerador de progresso, já que provoca a inclusão daqueles que, outrora excluídos por sua condição, encontram no fiel o cuidado e a proteção.
Assim acontecia na igreja primitiva.

II. O culto em casa

A igreja neo-testamentária estava também assentada sobre os pequenos grupos. Era a igreja de todos os dias, no templo e nas casas.
A palavra grega oikos (casa) ocorre mais de 10 vezes no NT, algumas delas referindo-se a um grupo de pessoas usando uma casa para reunir-se periodicamente.
  • At 2.46: A ceia do Senhor era celebrada em cada casa na sua refeição.
  • At 5.42: A casa do convertido era usada como local de adoração e ensino, identificando-o como cristão na comunidade.
  • At 20.20: Equilíbrio do programa – ensinando tanto na reunião pública quanto nafamiliar.
  • Rm 16.3 e 5: Priscila e Áquila recebiam em sua casa um grupo. A igreja cristã de Roma era composta desses vários grupos nos lares.
  • 1Co 16.19: Quando estavam em Éfeso, Áquila e Priscila também recebiam a igreja em sua casa. Assim vivia a igreja cristã: durante a semana a igreja se reunia nas casas, e no dia do Senhor a reunião ocorria num só local – o templo.
Veja também Colossenses 4.15 e Filemon 2.

III. O culto no templo

Segundo Atos 20.7, entendemos que o primeiro dia da semana era o dia em que a igreja apostólica se reunia para partir o pão – celebrar a ordenança da ceia. Esta ceia era entendida como um ato de comunhão com o Senhor (1Co 10.14-22), era tomada quando toda a congregação se reunia, como um ato de fraternidade entre os irmãos. 1Coríntios 11.17-22 mostra o que NÃO se deve fazer em reuniões como essa.
Ainda na carta aos coríntios, o apóstolo Paulo os instrui a que fizessem suas ofertas, sistematicamente, no primeiro dia da semana, deixando implícito que esse era o dia em que eles deveriam se reunir para adoração (1Co 16.2).
Notemos também que as reuniões regulares da igreja primitiva não visavam a propósitos evangelísticos e, sim, primordialmente, ao encorajamento mútuo e à adoração. Por essa razão, o autor de Hebreus escreve: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vede que o Dia se aproxima”(Hb 10.24-25).
Por serem reuniões públicas, havia ocasiões em que os incrédulos vinham às reuniões dos crentes, mas isto era considerado apenas uma possibilidade (1Co 14.23). O evangelismo, segundo o texto de Atos 2, acontecia no contexto da vida diária, à medida que os crentes propagavam o evangelho.
Uma característica que não estava presente no culto neo-testamentário era o pragmatismo. Uma decisão pragmática é aquela tomada não pela essência, mas pelo efeito causado na maioria do povo. No que diz respeito ao culto, a aplicação desse princípio pode ser desastrosa, pois o juiz passa a ser o grupo de pessoas e não o Espírito Santo.
O culto público é a semelhança mais próxima que podemos ter do céu, enquanto estamos aqui na terra.

IV. Elementos do culto neo-testamentário

 1. Leitura e pregação da Palavra (Cl 3.16; 2Tm 4.2)
A mensagem deve expor e esclarecer um texto bíblico numa linguagem contemporânea e para a realidade do mundo de hoje. Segundo Klaus Douglass, a mensagem tem sete funções:
  1. explicar e esclarecer verdades profundas da fé;
  2. dar orientações sobre como devemos viver e agir como cristãos;
  3. edificar a igreja;
  4. levar pessoas à fé;
  5. fortalecer a fé;
  6. consolar e animar os que estão em dificuldades;
  7. tirar pessoas da sua inércia.
A esta suficiência das Escrituras no culto cristão os reformadores chamaram de princípio regulador do culto, que não deve se preocupar com coisas sem importância.
Na adoração coletiva, a pregação da Palavra é essencial. Em nosso texto-base lemos que as atividades da igreja do Novo Testamento eram centralizadas “na doutrina dos apóstolos, no partir do pão e nas orações”.
Em seu livro Entre dois mundos, John Stott afirmou: “A Palavra e a adoração pertencem indissoluvelmente uma à outra. Toda a adoração é uma resposta inteligente e amável à revelação de Deus, porque é a adoração do seu nome. Portanto, a adoração aceitável é impossível sem a pregação. Pregar é tornar conhecido o nome de Deus, e adorar é louvar o nome do Senhor sobre o qual fomos informados. Ao invés de ser uma intrusão alienígena à adoração, o ler e o pregar a Palavra são realmente indispensáveis à adoração.”
2. Oração (Ef 5.20; 1Tm 2.8; At 2.42)
As orações podem ser de adoração, invocação, confissão, petição, agradecimento, intercessão, etc. e devem ser dirigidas a Deus.
3. Hinos e cânticos espirituais (Cl 3.16; Hb 13.15)
A música pode, às vezes, nos comover pela beleza da melodia, mas esse sentimento, por si só, não é adoração. A música deve ter verdades bíblicas contidas em suas linhas para que seja um recurso legítimo e fomente a verdadeira adoração. A música:
  • expressa nossa relação com Deus (Hb 13.15);
  • deve caracterizar nossa comunhão com os irmãos e contribuir como veículo de proclamação da verdade de Deus (Ef 5.19; Cl 3.16).
4. Serviço mútuo (At 2.45; Cl 3.16)
Essencialmente, na Bíblia, culto é serviço, algo que fazemos para outros. Primeiramente, o culto cristão é um ato divino. Respondemos ao favor de Deus concedido a nós, Seus filhos. Ele veio ao nosso encontro, chamou-nos, aceitou-nos, deu-nos o Seu perdão e nos trouxe à Sua presença. À medida que, corretamente motivados, servimos o nosso próximo, estamos servindo a Deus.

Conclusão

Nós, que em resposta à ação bondosa de Deus amamos a Cristo e cremos na suficiência da Sua Palavra, não podemos moldar nossa adoração aos estilos e preferências de um mundo escravo do pecado e de suas paixões. Nosso objetivo principal deve ser adorar em espírito e em verdade. Para isto, as Escrituras precisam regular o nosso culto, a nossa adoração. Tudo em nossos cultos deve conduzir o adorador a um conhecimento mais profundo de Deus.
Como afirma Augustus Nicodemos Lopes, “é importante reconhecer… que o Espírito age principalmente a favor dos interesses de Cristo, visando glorificá-Lo e exaltá-Lo. Esse princípio aplica-se também ao culto cristão. Esse princípio litúrgico precisa ser resgatado: o culto é voltado para Deus. É teocêntrico – e nisso, cristocêntrico, não antropocêntrico. Nada mais deve ocupar o lugar de Cristo no culto.”

Aplicação

“Onde brilha o Sol da Justiça, não há lugar para o brilho de outras estrelas.”
>> Autor do Estudo: Pr. Silas Arbolato da Cunha
>> Publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, usado com

Será que a igreja primitiva em meio ás perseguições batia palmas nos cultos ?!

BATER PALMAS E AS ESCRITURAS


 
Ludgero Morais

 
As palmas como expressão de culto, na celebração no templo, não encontra qualquer respaldo nas Escrituras. O livro do Salmos descreve o louvor dos crentes e o louvor universal. Descreve também manifestações próprias de culto como igreja que eram, e outras manifestações musicais e artísticas e folclórica como povo-estado que também eram. O culto no tabernáculo ou no templo do Velho Testamento, por sua vez, era o mais impeditivo possível. Seguia-se uma liturgia rígida. A mobília e os utensílios do templo foram rigorosamente prescritos. Somente os sacerdotes cantavam (os 280 cantores levitas, homens vocacionados para este fim), Os instrumentistas eram ordenados, de uma única tribo, e ninguém mais. Somente o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano no santo dos santos. Nem todos os instrumentos eram permitidos no templo, somente alguns próprios para o culto. Os homens comuns do povo assistiam a tudo de longe, as mulheres ainda mais longe em seu próprio lugar, os estrangeiros por detrás do muro da separação que existia para afastá-los ainda mais. Todos estes longe do átrio onde a celebração se dava. Tudo era impedimento.

Então, tomar o Salmo 47 no seu versículo 1, que está no contexto do Velho Testamento (“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus...”), como se o culto do Velho Testamento seguisse à vontade, nos parece um equívoco pelos argumentos anteriores e também porque este Salmo está se referindo ao louvor universal, não do templo. No templo jamais se bateu palmas; até hoje as sinagogas judaicas não o fazem. E este é o único texto que fala de aplaudir, de bater palmas como expressão de louvor. No mesmo contexto o Salmo 98.8 determina que “os rios batam palmas,...”. (Isaias 55.12 trás a mesma idéia). O Salmo 150 determina que “todo ser que respira louve ao Senhor.”, mas nós não trazemos um animal, que evidentemente respira, para o templo, o que seria uma abominação ao Senhor. Os animais trazidos em sacrifício eram oferecidos fora do átrio, e mesmo assim, representavam a Cristo que é o “Cordeiro que foi morto de uma vez por todas”, acabando com todos os sacrifícios sanguinolentos de animais. Assim, no Novo Testamento não existe nem sequer esta possibilidade.

A totalidade das outras referências bíblicas sobre palmas não se refere a expressão de louvor, mas de zombaria, escárnio, ódio, e também uma delas, de homenagens humanas. Vejamos. Números 24.10 fala da ira de Balaque que se acendeu contra Balaão, “e bateu ele as suas palmas.” Em II Reis 11.12 encontramos a coroação de Joás, quando eles “bateram palmas”, em homenagem ao novo rei. Em Jó 27.23, encontramos a descrição da sorte dos perversos com a seguinte afirmação: “à sua queda lhe batem palmas, à saída o apupam com assobios.”, se referindo a vaias. Em Jó 34.37, encontramos: “Pois ao seu pecado acrescenta rebelião, entre nós, com desprezo, bate ele palmas, e multiplica as suas palavras contra Deus.” Lamentações 2.15 fala do escárnio sofrido por Jerusalém: “Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém:...”, vaias, e levantar de ombros como dizendo “nem te ligo”. Ezequiel tem duas referências a Deus como batendo palmas, mas Ele o faz em ódio contra Israel (Ezequiel 21.17; 22,13). O texto de 21.17, por exemplo, diz: “Também eu baterei as minhas palmas uma na outra e desafogarei o meu furor; eu, o Senhor, é que falei.”. As duas outras referências ali é sempre em tom de zombaria (6.14; 21.14). Nahum 3.19 é o último versículo desta profecia e também fala pela última vez em bater palmas no Velho Testamento, também em tom de zombaria, de asco: “Não há remédio para a tua ferida; e tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”. Neste caso específico encontramos a ruína de Nínive e a maldição que sobre esta cidade foi derramada. Enquanto estava ela doente de morte, com uma chaga incurável, todos “baterão palmas” sobre ela, impingindo maior aflição pelo barulho das palmas e seu ritmo infernal. O livro dos Salmos falam uma única vez de “aplaudir”, em 49.13, falando sobre o proceder dos seguidores dos estultos que “aplaudem o que eles dizem.”

No Novo Testamento não há nenhuma referência ao bater de palmas, muito menos em relação a uma atitude cúltica, por que, enquanto o Velho Testamento era repleto de gestos como “colocar o rosto em terra”, o “rasgar as vestes”, o “colocar cinza sobre a cabeça”, o “vestir-se de pano de saco”, etc. etc, o Novo Testamento nos chama a um culto racional conforme orienta Paulo em Romanos 12.1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”. Esta expressão “Logiken Latria” – (culto racional), fala de um culto supra-sensual, um culto que não requer recursos como a dança (que nunca foi permitida no templo do Velho Testamento como expressão de culto), ou sequer as palmas, menos ainda das outras expressões gestuais.

As palmas para marcar o ritmo da música, devem ser observadas dentro de um contexto da música como um todo. A música para a adoração é composta de harmoniamelodiaritmo e letra. Cada uma destas partes atinge um aspecto do nosso ser. A harmonia atinge o nosso senso do belo, pela quantidade de sons, que, tal como a diversidade das cores e seus matizes, chamam a nossa atenção para a beleza; a melodia toca as nossas emoções; a letra tange a nossa inteligência, a razão; o ritmo, por sua vez, apela para o nosso corpo, o que por si só não é mal, absolutamente. Nosso coração bate em ritmo, nossos passos são dentro de ritmo. Todas estas partes, então, devem promover a integridade da música e a integridade do ser que adora. Uma música melosa, melodiosa se torna excessivamente romântica, sentimental, o que não é próprio para o culto. Uma música com uma harmonia complexa, com harmonias dissonantes, também não é própria pois chama a atenção exageradamente para uma de suas partes esquecendo-se da inteireza. A letra deve ser doutrinariamente sã trazendo a mensagem da Palavra de Deus ao nosso coração. O ritmo não pode ser de tal ordem que nos convide ao requebro. As palmas como expressão de culto, portanto, não são próprias, pois frisam o ritmo que convidam ao requebro, aos meneios, à sensualidade.

Lembremo-nos que adoramos a Deus conforme o que Ele requer e, Ele não requer que o façamos através de palmas, a não ser no louvor da natureza, dos rios, do farfalhar das árvores, do uivar e grunhir dos animais, do pipilar das aves, das palmas e até mesmo da dança. Mas no templo o louvor é racional, supra-sensual. O culto é logiken latria. Seu pastor, nesta autocrítica, então lhes promete, como responsável diante de Deus pela condução litúrgica, que não proporá e nem permitirá que no campo da Primeira Igreja se use palmas no culto solene prestado em celebração a Deus, para aplaudir feitos humanos, ou mesmo, como expressão de culto ao Senhor. De fato, nenhuma coisa, nem outra é própria à solenidade do culto que prestamos ao nosso Deus e Senhor.

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